sábado, 19 de julho de 2014

Livro Enlace, da escritora adolescente Ana Luísa, está na sua 2ª edição


Ao se propor a ler o livro Enlace, da escritora Ana Luísa, deve-se levar em conta, tratar-se de uma obra escrita por uma adolescente de 16 anos de idade, na época da sua concepção – hoje, com 18, o livro já está na sua 2ª edição. Nem por isto a impediu de escrever um texto abrangente, com várias situações difíceis de serem digeridas e encaradas de frente sem medo. Sobretudo, decifrando a insensatez do destino, procurando respostas no baú das incertezas. 

A partir desse princípio, torna-se perceptível o grau de maturidade da autora. A garota escreve e pensa como gente grande e graúda quando nos referimos à literatura conceitual, onde as personagens têm objetivos concretos e metas a serem conquistadas.

Até pouco tempo atrás, meninas com sua idade, brincavam de ser adultas e, até mesmo, sonhavam ser A Gata Borralheira (Cinderela) no seu baile de debutante, onde provavelmente encontraria o seu príncipe exultante e o mais disputado entre as demais, pelos seus encantos de beleza e virilidade física. Acontece que, com Ana Luísa, para nossa sorte, ela foi seduzida pela literatura, permitindo que tomássemos conhecimento, do que, uma garota, ainda em fase de autoconhecimento, fosse capaz de desenvolver raciocínio denso, cheio de interpretações irracionais para uma jovem de sua idade.

Outro fato curioso no livro, é que toda trama se desenvolve praticamente em Paris, envolvendo duas amigas inseparáveis em busca dos mesmos ideais: serem reconhecidas como bailarinas de sucesso. O primeiro desafio para elas foi o de morar sozinhas numa cidade cosmopolita, cheia de vícios, virtudes e sonhos como Paris. Segundo ter que enfrentar os seus dragões e pesadelos pessoais com coragem. Sem se submeterem a qualquer intimidação, foram capazes de encarar situações incomuns, tanto no aspecto moral e profissional, como sentimental.

Alvos de uma plateia acostumada com a desonra, lutas, conflitos e vitórias. Expostas em plena arena do Coliseu das suas particularidades e orfandade familiar. Formaram um conjunto harmonioso de sobrevivência, superando obstáculos, domando leões e cuspindo fogo, num circo de horrores. Içaram as velas da determinação, removendo dos seus caminhos as desigualdades naturais, capazes de dobrar a ampulheta do tempo, sem desviar do caminho que o levariam à felicidade.   

Sua obra, segundo Ana Luísa, foi inspirada nos textos de Stephenie Meyer autora da saga Crepúsculo e, com um leve toque do romantismo envolvente, encontrado nas criações de Nicholas Sparks. Porém, no seu caso, existem identidade e digitais próprias. Características expressivas, que não deixam dúvidas, quanto suas qualidades de uma escritora predestinada a se tornar, quem sabe em breve, uma colecionadora de Best Sellers. Notabilizando a pequena cidade onde nasceu e vive até hoje, São Luís de Montes Belos, interior do estado de Goiás, Brasil, numa signa literária gostosa de admirar.

Outro detalhe, sua obra tem cultivado a admiração e a simpatia de todos aqueles que a leram. Edificada em uma narrativa rica em detalhes, fracionada em vários subtítulos ilustrados com citações literárias, quando não da própria autora, de escritores consagrados como, Khalil Gibran, Silvia Schmidt, Stephenie Meyer, René Descartes, William Shakespeare, Saint-Exupéry, Clarice Lispector, Gonçalves Dias, Bíblicos, dentre outros. Os parágrafos e os períodos são curtos, que facilitam a leitura e o entendimento, além do uso coerente de analogias e metáforas. Enfim, uma criação merecedora dos aplausos alcançados.

Bússola Literária ouviu com exclusividade a escritora Ana Luísa, num papo muitíssimo agradável em um café da cidade. Na ocasião estava acompanhada do seu pai, Elio Graciano, professor de linguística na Faculdade Montes Belos (FMB) – admirador fervoroso da autora –, quando contou várias curiosidades que envolveram o processo criativo e a inspiração para o desenvolvimento do seu conteúdo. Sua entrevista é uma revelação que merece ser lida com atenção, analisando todos os quesitos justificáveis de sua virtuosidade juvenil.


BL – Quem é Ana a personagem? Seria a própria imagem refletida da autora?


Ana Luísa – Ana é uma moça italiana que transfere todas às suas expectativas em seus sonhos, porém na hora de vivê-los se fecha, cria uma barreira, ocasionados pela sua personalidade insegura e sensível. Ana Rossetti tem muito de mim. É como estar respondendo perguntas sobre meu livro. Queria e quero muito isso para o Enlace, mas tenho simplesmente medo de executar meus planos de vida.

BL – Você disse que o seu livro foi inspirado na obra de Stephenie Meyer, Crepúsculo. De que forma flui esta correlação?

Ana Luísa – Bella, narradora-personagem de Crepúsculo, tem muitas características refletidas em Ana Rossetti. A insegurança, a espontaneidade de dizer o que está sentindo, apenas com um olhar ou gesto, a fragilidade, as dúvidas com os sentimentos, o impulso, o amor dividido num triângulo amoroso, tornam esse conjunto de situações, naquilo que sinto e que me identifico com a história. Isso está presente na estrutura psicológica e emocional do livro. Quem sabe, nas pequenas interações abstratas da narrativa. Também acontece com Enlace, casualmente na sua estética, no que se refere a divisão do livro em três partes, como a do livro Amanhecer. Ressaltando a riqueza de detalhes, títulos de cada capítulo. Acredito que, por isto, há muitas características de Crepúsculo neste meu livro.

BL – Na história Ana, tenta demonstrar ser uma garota forte e resoluta. Enquanto na verdade é frágil e dependente. O quê você quis demonstrar com essa dualidade de comportamento?

Ana Luísa – Todos nós somos frágeis e dependentes quando estamos numa situação de escolha, de frente com o desconhecido, mas o que muda a circunstância é a atitude diante disso. Se eu me transpareço forte, ousada e corajosa, um dia serei realmente isso. É o que acontece com Ana ao longo do enredo.

BL – Ana é de origem italiana, nasceu em Milão e se aventura a viver na “Cidade Luz e do amor”, em busca de aprimorar sua arte de dançarina, por quê?

Ana Luísa – Por questão de identidade. Ana, por ter alma de artista, se identifica com cidades que são tradicionalmente voltadas para a cultura.

BL – Ao ler o livro percebe-se que tanto Ana, quanto Rodrigo, omitem recordações do passado de ambos, não acredita que faltou esse ingrediente que mostrasse ao leitor suas heranças genéticas e culturais?

Ana Luísa – A omissão é intencional. Há na história pistas, janelas, possibilidades de um novo enredo. Por exemplo, a paixão pelos jardins que possuem formas vindas de outra época. Sejam relíquias herdadas a partir dos avós de Ana ou até, de sua descendência italiana.

BL – De onde vem o apoio financeiro de Ana para se manter numa cidade cosmopolita como Paris, se locomovendo, utilizando praticamente como meio de transporte o táxis e sem impedimentos para viver como se pertencesse uma classe social acima da média?

Ana Luísa – Poderia ter vindo essa condição financeira de sua família. No entanto, o que tem explícito é que Ana se encontrava no auge de sua profissão. Já havia adquirido seu enriquecimento, além da companhia ajudar com o financeiro, em troca de ser uma dançarina famosa e obedecer aos critérios e as formas que eles ditavam na dança.

BL – O livro faz referência a três cidades importantes no contexto cultural. Milão a cidade natal, moderna, bem estruturada economicamente e de um passado histórico relevante; Paris cidade que inspirou grandes escritores e onde tudo acontece nas artes. E por fim, Verona, também referência da literatura clássica/renascentista e símbolo para uma das mais importantes obras de Shakespeare, Romeu e Julieta? O que te levou a preferir tais cidades, sendo que, a ambientação da história poderia transcorrer em lugares sem tanto brilho? Existe uma razão ou é apenas um simbolismo conjuntural?

Ana Luísa  São cidades que sou apaixonada e tenho muita vontade de conhecê-las. A estrutura, a história e a cultura dessas cidades, formam um conjunto extraordinário. Há grandes artistas e autores, vindos da Europa que fizeram presença na minha infância, nas encantadoras histórias de príncipes e princesas, na luta contra o mal. 

BL – Está com outro livro em mente?

Ana Luísa – Mais ou menos. Depende da aprovação da obra, da aceitação dos leitores, propostas novas de publicações, projetos de filme do livro. Todos os dias eu tenho milhões de histórias burilando na mente. Escrever pra mim não é uma barreira.

BL – Este outro livro seguirá a mesma temática?

Ana Luísa – Tenho muita vontade de aprofundar em experiências de ordem mais espiritual, revelando intimidade com Deus, caráter do Nosso Grande Pai, pegando até histórias da bíblia e romanceando-as. Aproximar mais o leitor do amor incondicional. Mas ainda não me sinto pronta para começar. Isso requer muito estudo e muito cuidado. Não é um tema de tanta aceitação, no entanto, tudo depende de como colocamos no papel.


Nota: Para contato e adquirir o livro Enlace. Você deve procurar através do telefone celular (64)9968-8164 com o professor Elio Graciano ou pelo número (64)9221-3707. Também pode solicitar sua aquisição por meio do e-mail: eliograciano@hotmail.com. O valor da obra é de R$ 25,00, fora a postagem, no caso de interessados que não residem em São Luís de Montes Belos-GO, Brasil. 


A propósito, você já acessou a fan page do meu livro infantil Juju Descobrindo Outro Mundo? Não imagina o que está perdendo. Acesse: www.fecebook.com/jujudescobrindooutromundo.


E o site da Juju Descobrindo Outro Mundo, já o acessou? Se eu fosse você iria conferir imediatamente. Acesse: www.admiraveljuju.com.br 



Imagens: da autora