sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O encanto da sensibilidade de um amor que tem luz própria


Geralmente um poema, nos dá a ideia de um grande amor conquistado; um amor que se foi; uma saudade que corrói nosso ser; uma angústia desafiadora; uma felicidade incontida. Enfim, é natural verificar numa poesia algo que vem de dentro de nós mesmos. Uma manifestação que precisa ser exaltada, e o meio mais envolvente é retratar esse sentimento, bom ou ruim, por meio de palavras que definem o seu momento de se ver no espelho da alma e não se conter, fazendo transbordar os sintomas mais nobres do nosso íntimo.

Acontece também de pessoas que só se sentem verdadeiramente inspiradas quando estão vivendo um grande amor, uma grande felicidade. Vamos nos ater a estes momentos que fazem latejar no coração a felicidade de um grande amor. A vontade de expressar a grandeza de um bom e festivo relacionamento. Esqueçamos as tristezas e vamos liberar nossa mente em direção da beleza do sol nascendo, do céu e sua constelação de estrelas luminosas; da chuva que apazigua o calor e faz germinar a semente da vida.

Bússola Literária está publicando três poesias da poetisa Deborah Schcolnic – nossa amiga do Facebook -, que fará você refletir sobre o amor. Embora o protagonista da inspiração esteja de forma abstrata, nota-se visivelmente sua presença. Seja na estrutura literária, seja no ambiente em que é descrito as cenas, e nos motivos que fizeram cada palavra arquivada na estante de belos exemplares e profundos textos de amor, florescer de tal maneira que só uma paixão que encanta a natureza humana pode perceber e decifrar.

De certa forma a beleza e a ternura dos versos de Deborah, nos transpõe à ribalta iluminada, esperando apenas as cortinas se abrirem para o primeiro ato. Como dizia o poetinha Vinícius de Moraes, no seu poema “Pela luz dos olhos teus”, e que agora como uma elevação gloriosa de sentimentos explícitos, torna-se oportuno para traduzir de forma perfumada o talento da admirável poetisa Deborah Schcolnic: “Quando a luz dos olhos meus // E a luz dos olhos teus // Resolvem se encontrar // Ai que bom que isso é meu Deus // Que frio que me dá o encontro desse olhar...”

Bússola Literária recomenda a leitura dos poemas de Deborah. Os motivos você os terá quando se infiltrar no seu maravilhoso trabalho literário. Um detalhe importante a se considerar. Se achar oportuno e motivador, o seu comentário será muito bem vindo. Boa viagem ao mundo encantado do amor incondicional...







Beija-me


Beije-me pequenininho,
Como um louva-Deus
Beija sua flor.

Beije-me um pouquinho.
Quero apenas ter um gostinho
Do teu sabor... porque,
Sou apenas miniatura desse amor.








À moda antiga



Nada mais espinhoso
Do que uma mulher
À moda antiga abrir
Caminhos para seu fluir
Em meio a uma sociedade
Decadente.


Talvez o moderno no antigo,
O digital na aquarela,
Mostre... letra por letra,
A ocasião.









Não há como saber esperar...



Não há como saber se a espera por ti foi ilusão.
Estou livre nas minhas mãos.
Arte é meu referencial.

As flores que me prendem ao chão,
Foram colhidas da mais doce ilusão.
Como também não há como saber.

Se a espera por ti me arrancaram do chão.
Aquela dor que esqueci, fez de mim
Uma flor largada da mão

E eu me pus ao lado de mim,
Enquanto chorava desilusão.
Sonhei teu amor em minha flor, sonhei, oh como sonhei!

Não sei o que fiz enquanto sonhei.
Só sei que esperei ser salva do dragão,
Quando por fim, dei-me conta
Que andava na contra-mão.

Mas lanço uma esperança nesse refrão:
Não há como saber!



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Imagens: Google Image